A proposta é refletir sobre a produção nacional depois de quase dois anos de pandemia
A 54ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB) está chegando. Em formato virtual, um dos festivais mais importantes dos pais acontece entre os dias 7 e 14 de dezembro. Os longas da mostra nacional competitiva serão transmitidos no Canal Brasil. As mostras de Curta e toda a programação da Mostra Brasília estarão na plataforma InnSaei.TV.
Setenta por cento dos filmes selecionados são ficções, vindas de 11 estados brasileiros das cinco regiões. A safra, de maioria inédita, vai dialogar com o tema “O cinema do futuro e o futuro do cinema”, proposto pela curadoria formada pelo cineasta Sílvio Tendler e pela professora da UnB Tânia Montoro.
A proposta é refletir sobre a produção nacional depois de quase dois anos de pandemia, e Silvio Tendler comemora o número de ficções, mostrando um novo fôlego para o cinema nacional. “No ano passado, os documentários colocaram a edição em pé e foi uma vitória (620 mil espectadores). Nesse ano, temos essa reflexão ampliada. Vamos discutir temas como cinemas em tempos remotos, linguagem híbrida e relação com plataformas”, conta Silvio Tendler.
O secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec), Bartolomeu Rodrigues, aponta que Festival de Brasília do Cinema Brasileiro sempre, em sua natureza, foi um espaço para o diálogo com o que está por vir. “Daqui, nasceram linguagens, estéticas e debates políticos que construíram a identidade do novo cinema brasileiro. Essa edição nasce histórica porque vai pautar esse mundo pós-pandemia. Nada será como antes, e essas tendências serão examinadas nos dias de festival”, conclui.
Homenagens
Nessa edição, o Festival de Brasília oferece um Candango especial pelo reconhecimento da obra de Léa Garcia. A atriz carioca foi uma peça fundamental para o teatro e cinema brasileiros, em seus 88 anos de idade e 70 de carreira.
O Festival também homenageia a memória da professora Lucília Marquez e dos atores Lauro Montana, Luiz Gustavo, Tarcísio Meira, Paulo José e Paulo Gustavo.
*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec)