De acordo com os profissionais, as artes podem desenvolver habilidades como concentração, criatividade, autonomia, paciência e autoestima. Conheça ainda um projeto empreendedor que ensina artesanato em escolas do DF
Os benefícios no ensino das artes são diversos. Seja em aulas de música, teatro, artesanato, jogos de tabuleiro, especialistas reforçam como esse tipo de educação ajuda e fortalece o desenvolvimento dos alunos, tanto em sala, quanto na vida cotidiana. Para além de uma disciplina, muitos estudantes enxergam as aulas como um refúgio e um poder de expressão que o enriquece dia a dia.
É o que conta o professor de teatro, Galileu Fontes. “Sempre tive interesse pelo teatro e ter esse tipo de disciplina reforça para os meus alunos que eles podem ser eles mesmos, seja para seguir carreira ou mesmo manter um hobby”. Educador do Colégio Everest Brasília, ele explica que na instituição a educação artística é valorizada e vivenciada de forma prática.
“A instituição oferece experiências diretas no teatro e na montagem de espetáculos, promovendo um desenvolvimento cognitivo altamente rico. A exemplo, produzimos no ano passado quatro peças, que os alunos estiveram presentes em todos os momentos e apresentaram para o público”, destaca Fontes. Ele complementa que as aulas incluem construção de personagens, exercícios cênicos, desenvolvimento de dramaticidade, comédia, improviso e até mesmo exercícios para cognição motora.
Além das artes cênicas, há outras formas de expressão artística no ambiente escolar. Projetos como o Studio de Scrap (Scrapbooking), idealizado por duas empreendedoras, Whang Pontes e Elisa Martins, proporcionam às crianças a oportunidade de explorar sua criatividade e habilidades manuais, enquanto aprimoram o apreço pelo artesanato. Iniciando suas atividades na instituição no ano passado, as duas amigas uniram suas paixões pelo papel e pela costura criativa para ensinar crianças do 2° ao 5º ano. E em 2024 elas estarão nas unidades High e Asa Norte, proporcionando também a experiência para crianças de 6° e 7° ano.
As aulas acontecem duas vezes por semana, alternando entre scrap e costura e são planejadas pelas professoras no início do semestre. “Os alunos são incentivados a desenvolver habilidades como concentração, criatividade, autonomia, paciência e autoestima por meio das atividades. Na sala de aula, o foco está na conclusão dos projetos, sem haver a necessidade de controle de qualidade, respeitando assim o ritmo e a capacidade individual de cada criança”, pontua Pontes.
A profissional adiciona que para estimular o interesse dos alunos, é importante adaptar as atividades à realidade atual das crianças, integrando elementos da cultura pop e músicas conhecidas às aulas, tornando-as mais contagiantes para os estudantes. “Além disso, é importante reconhecer e incentivar o talento artístico dos alunos, proporcionando esses espaços para haver desenvolvimento e expressão de suas habilidades adquiridas”, destaca.
Para Galileu, professor de Drama Club, como a disciplina é chamada no Everest, trabalhar a arte nas escolas vai além de simplesmente desenvolver conhecimento técnico ou formar artistas profissionais. “É sobre nutrir a criatividade e a expressão singular de cada criança, capacitando-as a enfrentar os desafios da vida com imaginação, resiliência e humanidade”, conclui Fontes.