Williams Araújo e Brenda Freitas subiram no pódio com o parajudô, conquistando o ouro e a prata. Os profissionais Fábio Brandolin e Daniel Brandão participaram do bronze da equipe de goalball, As Paraolimpíadas de Paris se encerraram no domingo, 8 de setembro, e a delegação brasileira volta da capital francesa com a melhor campanha da história, conquistando o 5º lugar no quadro geral dos países, com 89 medalhas. Dessas, três foram conquistadas por atletas ou profissionais técnicos do Instituto Benjamim Constant, instituição federal ligada ao Ministério da Educação (MEC) especializada na educação e no atendimento de pessoas cegas e com baixa visão.
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Na primeira participação paraolímpica, a judoca Brenda Freitas, que compete na classe J1 para atletas com até 70kg, ficou com a prata. Mais experiente, participando da quarta edição dos jogos, Williams Araújo foi campeão na classe J1 para competidores com mais de 90kg, garantindo o ouro para o Brasil. Sérgio Fernandes, estreante e da classe J2 para atletas com mais de 90kg, acabou perdendo na luta de repescagem.
Araújo disse que ainda não consegue mensurar o tamanho do seu feito e de toda a delegação brasileira. “Eu já tinha sido campeão mundial e panamericano, mas ser campeão paralímpico é algo único. O reconhecimento que a gente tem recebido também é muito legal e importante para o esporte. Fui recepcionado no aeroporto com festa, muitas pessoas pedindo para tirar foto e me agradecendo por ter proporcionado um momento de alegria. É algo que eu não tinha sentido antes”, contou.
O judoca também garantiu que estará nos jogos de Los Angeles, em 2028, e mandou um recado para quem está começando no esporte: “Eu, com certeza, estarei nos Estados Unidos e vou atrás do bicampeonato. Eu tenho um sonho de poder competir com minha filha assistindo, porque hoje ela só tem 1 ano e não vai lembrar de nada. Eu quero mostrar para ela e para outros jovens que estejam começando no paraesporte que uma pessoa com deficiência pode, sim, ser um grande campeão e uma figura importante para o País”, completou.
Também se destacaram na competição o professor de educação física Fábio Brandolin e o fisioterapeuta Daniel Brandão, convocados para fazer parte da comissão técnica da equipe de goalball masculina, que conquistou o bronze. Além deles, Fábio de Oliveira, professor de educação física do IBC, esteve em Paris como treinador de atletismo.
IBC – O Instituto Benjamin Constant está diretamente ligado ao Gabinete do Ministro da Educação e é especializado na educação e no atendimento de pessoas cegas e com baixa visão. O público atendido pelo IBC é formado por todas as idades, de recém-nascidos (atendidos pela educação precoce) até estudantes de todas as etapas da educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio profissionalizante). Desde 2019, a instituição oferece também o mestrado profissional de Ensino na Temática da Deficiência Visual, primeiro curso stricto sensu da área na América Latina.
O IBC promove, ainda, a reinserção social das pessoas que perderam ou estão em processo irreversível de perda da visão, acompanhando-as e orientando-as para que reconquistem a autonomia na condição de pessoas com deficiência visual na sociedade e, em particular, no mundo do trabalho.