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Brasília recebe oficinas gratuitas para atores profissionais e iniciantes

Ministrada por Túlio Starling, a oficina “Arroz, Feijão e Câmera” reúne fundamentos para o dia a dia de uma atuação viva no audiovisual. Inscrições já estão abertas 

Você sonha em atuar em filmes, séries e documentários? Então, se liga! Entre os dias 4 e 9 de dezembro, atores profissionais, amadores e estudantes do Distrito Federal (DF) terão a oportunidade de participar de uma verdadeira imersão no universo do audiovisual.

O Sesc-DF e a Secretaria de Cultura, por meio do projeto Ciclo de Vivências e do programa Conexão Cultura DF, vão oferecer gratuitamente 36 vagas para a ação formativa. O workshop será ministrado por Túlio Starling, bacharel em Artes Cênicas formado pela Universidade de Brasília (UnB), que tem no currículo grandes produções, como a novela Pantanal, de 2022, minisséries do GloboPlay e vários longas metragens.

Segundo Túlio, “Arroz, Feijão e Câmera” é direcionado tanto pra quem já fez alguma oficina de teatro e quer experimentar a interpretação pro audiovisual, quanto pra pessoas que atuam profissionalmente com grande, pequena ou nenhuma experiência com câmera. “É tanto para quem está estudando teatro ou cinema, quem já fez algum filme ou vários, ou até pra quem já fez muito teatro, mas nunca fez nada de audiovisual. É uma oficina de descobrir e treinar fundamentos pro dia a dia de trabalho”, explica o facilitador.

As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pela internet, mediante preenchimento de formulário e carta de intenções. Confira as datas e locais abaixo:

Turma 01 

Data: 04 a 08 de dezembro

Horário: de segunda a sexta-feira, sempre das 14h às 18h

Local: Sesc Estação 504 Sul – sala de multiuso 02, subsolo (W3 Sul Quadra 504/505 Bloco A – Asa Sul)

Inscrições aqui

Turma 02

Data: 11 a 15 de dezembro

Horário: de segunda a sexta-feira, sempre das 19h às 23h

Local: espaço A Pilastra (QE 40 SMBS 01 lote 01B, Loja 01, Polo de modas, Guará II 

Inscrições aqui

Turma 03 

Data: 02, 09 e 16 de dezembro

Horário: sábados, sempre das 10h às 17h

Local: Espaço Galpão do Riso (QR 405 área especial 2 Centro Comunitario – Samambaia Norte)

Inscrições aqui  

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

A pessoa que tem uma experiência inicial de trabalho como atriz ou ator em algum curta, clipe, ou até num longa, muitas vezes faz uma participação e dali demora a ver o resultado. E pode ser que não tenha dimensão de como foi, já que é tudo tão rápido, com pouco ou nenhum ensaio, e no set é tudo meio novo e quando viu, acabou, ou então esperou horrores e na hora de filmar, sei lá, como foi? Ah, valeu? Ou a pessoa que não viveu nada disso, mas já fica meio ansiosa pro dia que tiver essa oportunidade, porque pode acabar não sabendo direito como vai ser. 

Viajando numa metáfora meio taurina pra essa sensação de pouca ou nenhuma experiência é como se fosse uma espécie de fome com prato vazio, ou uma vontade de comer sem hora do almoço. Um desencontro meio estranho entre o tentar e o fazer, onde a experiência com a novidade é dificultada ou por uma demanda de entrega sem processo de descoberta ou pela pouca noção de como é que a coisa acontece na prática. O processo de descoberta da atuação no audiovisual precisa fundamentalmente se dar na curiosidade de perceber como a câmera olha e o que a câmera enxerga. E aí que tá o ponto. Como é que treina isso? Qual é o espaço pra descobrir relações com essa máquina e suas narrativas dentro desse rito específico do audiovisual?  

A oficina “Arroz, feijão e câmera” se propõe a criar esse ambiente de estudo, não comprometido com a pressão de um resultado urgente, mas voltado à exploração de fundamentos e de práticas da atuação mediada pela câmera. Com confiança e sensibilidade, a proposta é fazer e assistir – desde o contato com um roteiro até a filmagem de uma cena. Nessa pegada, de repente vamos poder sacar tempos, espaços e movimentos que se produzem na fluidez da atuação exercida, no diálogo com o que a câmera revela.

OBJETIVO

Compreender um roteiro audiovisual, investigar o corpo atuador, preparar-se para a filmagem de uma cena, perceber as sensibilidades necessárias pra se conduzir no processo de filmagem, e assistir o que foi filmado. O objetivo desse ambiente de estudo criativo é fazer com que a pessoa participante possa reconhecer no próprio corpo novos encaixes e brechas que venham vivificar tanto o seu próprio repertório técnico quanto espaços inéditos na sua experiência atuadora.

PÚBLICO ALVO

A oficina é tanto pra quem já fez alguma oficina de teatro e quer experimentar a interpretação pro audiovisual, quanto pra pessoas que atuam profissionalmente com grande, pequena ou nenhuma experiência com câmera. De quem tá estudando teatro ou cinema a quem já fez algum filme ou vários, ou até pra quem já fez muito teatro, mas nunca fez nada de audiovisual. É uma oficina de descobrir e treinar fundamentos pro dia a dia de trabalho: arroz, feijão e câmera.

SOBRE O FACILITADOR

 Túlio Starling é bacharel em artes cênicas pela Universidade de Brasília (2009-2015). Na sua trajetória no teatro e no audiovisual tem trabalhos de estéticas e gêneros narrativos diversos. Está no elenco principal da série Vicky e a musa (Rosane Svartman, Globoplay, 2023) e também no do longa A porta ao lado (Julia Rezende, 2022). Está em O pastor e o guerrilheiro (José Eduardo Belmonte, 2022) e fez participação marcante em Pantanal (Benedito Ruy Barbosa/Bruno Luperi, Globo, 2022). Está em Justiça 2 (Manuela Dias, Globoplay, prevista para 2024) e em Anna (Heitor Dhalia, 2019). É protagonista em Hit Parade (André Barcinski/Marcelo Caetano, Canal Brasil, 2021) e no longa Campus Santo (Márcio Curi, 2015). Também co-protagoniza a série Feras (Teo Poppovic/Felipe Sant’ângelo, MTV, 2019) e está na fábula juvenil Dois Tempos (Vera Egito, Star+, 2023). Está no elenco do longa Uma Boa Vilã (Teo Poppovic) e na segunda temporada da série Lama dos Dias (Hilton Lacerda), ambas as produções previstas para 2024. O curta Água Doce (Antonio Miano, 2023) está em circulação em diversos festivais (Oslo, Lynz, Vitória, São Paulo, Melbourne e Düsseldorf). Foi co-premiado com o Troféu Candango de melhor ator em curta metragem no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro pelo filme A noite por testemunha (Bruno Torres, 2009) e como melhor ator no Prêmio Sesc do Teatro Candango pelo espetáculo Desbunde (Juliana Drummond/Abaetê Queiroz, 2015). Tem anos de treino e criação com dois mestres do teatro brasileiro: Hugo Rodas e José Celso Martinez Corrêa, sendo co-fundador do coletivo brasiliense Agrupação Teatral Amacaca – ATA e tendo trabalhado em diversos espetáculos do Teatro Oficina Uzyna Uzona, como O Rei da Vela (2017-2018).