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Campanha Agosto Branco busca a prevenção e o combate ao câncer de pulmão

Brasil tem mais de 30 mil casos anualmente

Um hábito danoso vem chamando a atenção e preocupando especialistas do país. De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Desde o início da pandemia, quase 35% dos fumantes brasileiros aumentaram o consumo de cigarros. E este comportamento está diretamente ligado à incidência de câncer de pulmão.

“Estamos falando de um dos tumores malignos que mais mata”, alerta o médico oncologista Dr. Caio Guimarães Neves.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Brasil faz anualmente o diagnóstico de mais de 30 mil casos de câncer, e número semelhante de mortes. No país, ele é responde por 13% de todos os registros de novos casos de cânceres.

De acordo com as estimativas de 2020 a 2022, de autoria do Inca, o Distrito Federal deve apresentar quase 18 casos de alguma neoplasia maligna da traqueia, dos brônquios e dos pulmões, por cada 100 mil habitantes. “Aparentemente, é uma taxa baixa. Porém, não se enganem, é um número assustador que, na época não levava em consideração à pandemia. Ou seja, não duvidamos de superação desse número”, destaca Guimarães.

O risco de câncer de pulmão aumenta de acordo com a quantidade e duração do consumo de cigarro”, enfatiza o especialista.

Agosto Branco

Foi pensando nisso que o Inca iniciou a Campanha Agosto Branco a nível nacional. O objetivo é alertar para a prevenção e o tratamento da doença. Caio Guimarães aconselha que é preciso ficar alerta aos sintomas para que seja possível fazer um diagnóstico o mais rápido possível. “Tosse e rouquidão persistentes por mais de duas a três semanas, dor torácica, falta de ar, eliminação de sangue pelo trato respiratório e perda de peso sem causa aparente são alguns dos sinais”, explica.

“Além de reforçar a importância do diagnóstico precoce, aproveitamos a campanha do Agosto Banco para reafirmar também a importância da prevenção primária, com a cessação do tabagismo, intimamente ligado à doença”, finaliza o médico.