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Diretora e atriz, Patrícia Marjorie se divide entre Brasília e Nova Iorque

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(Patrícia Marjorie. Foto: Jorge Bispo)

Formada em artes cênicas pela UnB em 2004, a artista vem se destacando no disputado mercado das artes cênicas de Nova Iorque e dirige estreia em Brasília

Residindo na meca das grandes produções teatrais no mundo há quase 10 anos, Patrícia Marjorie assume diferentes funções em espetáculos de gêneros variados, com realizações tanto em Brasília quanto em Nova Iorque. Presente nos palcos do principais teatros de Brasília desde 1997, em sua trajetória como artista de teatro dedica-se à direção de espetáculos, concepção de figurino, criação de adereços para cena, construção de roteiro, além de seguir sua carreira de atriz em papéis relevantes.

Com agenda de trabalhos sempre ativa, a versátil profissional está, no momento, trabalhando em quatro produções diferentes. Uma delas, “Canção para Invocar a Primavera”, segue em temporada no DF, enquanto as outras, “Good Luck in Space”; “Reconstructing”; e “Mrs. Loman”, estão em processo de montagem na cidade de Nova Iorque.

Para os ajustes finais de “Canção para Invocar a Primavera“, espetáculo o qual Patrícia assina a dramaturgia e direção, a artista desembarcou em Brasília onde ficou até a estreia, dias 30/8 e 1º e 2/9 no Teatro SESC Newton Rossi. E anuncia que a peça ganhará uma versão em inglês com temporada prevista para abril de 2025, em NY.

Assim que voltar para casa, no bairro do Queens (NY), começa a acompanhar a confecção dos 16 figurinos que concebeu para “Good Luck in Space”, dirigido por Meghan Finn. Musical que entra em cartaz em outubro no Manhattan School of Music. Outro projeto que também vai se empenhar é na produção de adereços para cena do espetáculo “Reconstructing“. Peça fruto de um processo colaborativo entre 21 artistas de diferentes nacionalidades, cuja estreia também será em outubro, mas no Brooklyn Academy of Music.

E de olho em 2025, além de começar os processos de produção, workshop e ensaios de “Canção para Invocar a Primavera”, retorna aos palcos como atriz em “Mrs. Loman”, um spin off feminista de “A Morte do Caixeiro Viajante”. Devido ao sucesso nas duas primeiras temporadas, a peça terá uma terceira e em um teatro maior na região da Broadway, onde se concentram importantes casas de espetáculos.

Destacam-se, entre os projetos para os quais trabalhou recentemente, a direção de “Photossintesize”, texto de autoria do dramaturgo Max Mooney, em outubro do ano passado, e a concepção de cenário e figurino para “Primordial” e para “The Lydian Gale Parr”, ambos espetáculos que fizeram temporada no The Tank em fevereiro e abril deste ano respectivamente. Como aderecista, é nome recorrente em produções para o Lincoln Center, como em “Corruption” e “Flex”, em para a renomada companhia Elevator Repair Service, com a qual assina “Ulysses” e “The Seagull”.

No campo do audiovisual, Patrícia atuou em produções sob a direção do renomado diretor José Eduardo Belmonte realizadas nos Estados Unidos. Entre elas, está uma participação no longa “Almost Deserted”, gravado em 2023 e ainda sem data de estreia. E, com o mesmo diretor, foi uma das protagonistas na antologia de curtas “Pandemic Stories“, também de 2023.

Em todos os trabalhos, os quais Patrícia se envolve e dedica seu tempo e esforço profissional, há uma característica em comum: trazer à tona temas relacionados ao feminismo e de valorização das minorias. “Eu não tenho como fazer um teatro sem falar de feminismo, sem ter um approach social e, no meu ponto de vista, feminismo é tudo aquilo que não é a supremacia branca, é interseccional, fala dos direitos gerais e entre o oprimido e o pressor eu sempre estarei do lado do oprimido”, demarca.