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Experiência cênica: Audiodrama recebe artistas de todo o Brasil no CCBB com projeto inovador

Com entrada gratuita, evento é um marco para a dramaturgia brasileira

Um evento inédito está chegando em Brasília. Isso porque o Centro Cultural Banco do Brasil Brasília, no dia 11 de novembro até o dia 12 de dezembro, recebe o Audiodrama, uma criação inventiva assinada por grandes artistas brasileiros, como Fernanda Takai, Fausto Fawcett, Felipe Hirsch, os Irmãos Guimarães, Jocy de Oliveira e o grupo multimídia Chelpa Ferro.

Os artistas vão convidar o espectador a deixar-se levar pelo som, pelas palavras, pela invenção. A iniciativa tem um formato inédito, idealizado e com curadoria do produtor cultural Cesar Augusto e do diretor artístico e curador de música experimental e de arte sonora Chico Dub.

O Audiodrama é um projeto dramatúrgico nunca visto antes, que revela as potencialidades da experiência da escuta, para que os sentidos e a imaginação do público sejam estimulados.

Chelpa Ferro mascarados. Grupo multimídia criado em 1995 pelo pintor Luiz Zerbini, o escultor Barrão e o editor de cinema Sergio Mekler/ Foto: Divulgação

Serão apresentadas 4 peças inéditas que utilizam o corpo sonoro (voz, som, efeitos) como principal recurso cênico. Duas das obras serão apresentadas na Galeria 4, alternando-se em horários que vão das 16h às 20h, com de 52 pessoas por sessão. Outros dois trabalhos promoverão experiências individuais, através do uso de players e fones de ouvido, com sessões que percorrem diferentes espaços do CCBB, das 11h às 18h.

Os Fita, duo formado por Abel Duarte e Cainã Bomilcar, eles são músicos e produtores que vivem e atuam no Rio de Janeiro/ Foto: Marcelo Mudou

De acordo com o idealizador e curador Cesar Augusto, o Audiodrama nasce de um impulso anterior à pandemia, mas que está em perfeita sintonia com o momento que a sociedade vive. “Sabemos que a arte e a cultura têm o poder de curar, nos dar alento e fôlego em todos os momentos necessários, independentemente das crises que possam surgir. O público poderá vivenciar, entre vozes, cadências sonoras e trilhas sonoras e visuais, um universo em construção, preparado, especialmente, por artistas ícones da cena contemporânea brasileira”, resume Cesar Augusto.

Já para Chico Dub, que divide a curadoria e idealização, a proposta traz uma quebra de paradigmas à medida em que apresenta a missão de desafiar a percepção do público. “Vivemos num mundo quase que totalmente visual e por isso acreditamos ser fundamental acordar os ouvidos. O Audiorama, na verdade, reflete uma tendência contemporânea em que o foco do visual para o auditivo vem mudando gradativamente ao longo dos anos”, evidencia.

Compositora, autora, pianista, artista multimídia e cineasta, Jocy é pioneira de um trabalho multimídia no Brasil envolvendo música, teatro, textos, instalações, vídeo, cinema/ Foto: Divulgação

A entrada é franca, mas os ingressos devem ser retirados no site www.bb.com.br/cultura  e no site ou app da Eventim, no dia da sessão, a partir das 9h. Todos os equipamentos utilizados durante as apresentações serão devidamente higienizados a cada sessão. Todas as normas de segurança com relação à pandemia pelo Covid-19, como distanciamento social e uso de máscaras serão respeitadas.

Confira a programação:

Galeria 4

Pesadelo Ambicioso (Fausto Fawcett e Chelpa Ferro)

Sessões de terça a domingo, às 16h e às 19h

Lotação: 52 pessoas por sessão

Classificação: 18 anos

Sinopse: A obra alterna diálogos, narrações, rápidas digressões filosóficas, confissões e devaneios a partir da inquietação que assola nossas relações sociais, onde as expectativas, os sistemas nervosos, os ambientes urbanos e os pensamentos dentro de cada um estão cada vez mais agulhados, atiçados, nublados e provocados por interferências e ruídos mentais e emocionais. “Pesadelo Ambicioso” é um drama lírico, épico, cômico e sonoro.

Fantasmagoria nº3 (Felipe Hirsch e Os Fita)

Sessões de terça a domingo, às 17h e às 20h

Lotação: 52 pessoas por sessão

Classificação: 12 anos

Sinopse: Uma fantasmagoria sonora que se manifesta, acresce e se dissipa; ecos de tempos e espaços distantes; alusão dos constituidores dos sentidos do artista, transformada em composição; rumor e ressonância da história cultural de um país; reminiscências e resíduos.

Jardim

O herói como batata (Irmãos Guimarães com Fernanda Takai & John Ulhoa)

Sessões contínuas, de terça a domingo, das 11h às 18h

Experimentação individual através de players e fones de ouvido.

Classificação: 12 anos

Sinopse: Em grande parte, as narrativas ocidentais foram, e são, construídas tendo a figura do herói como grande protagonista. Acompanhamos suas ações, muitas vezes violentas, na conquista de seus objetivos. A partir das ideias da escritora norte-americana Ursula Le Guin, O herói como batata propõe diferentes formas de construir e relatar histórias, ao acompanhar os acontecimentos ocorridos com outras personagens – como as mulheres, as mães e seus filhos.

Dura (Francisco Ohana com Jocy de Oliveira)

Sessões contínuas, de terça a domingo, das 11h às 18h

Experimentação individual através de players e fones de ouvido.

Classificação: 12 anos

Sinopse: Fábula sobre uma mulher que se transforma em pedra. Ao longo do percurso no jardim do CCBB, o público é convidado a acompanhar a trajetória de Aura, passeando por suas emoções, seu encontro com a natureza e com as mudanças inerentes à vida. Árida, mas também ventilada, a experiência quer estimular a imaginação em tempos de doença e desesperança.

SERVIÇO

Audiodrama

Local: Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (CCBB Brasília)

Datas: de 11 de novembro a 12 de dezembro de 2021, de terça a domingo.

Horário: A partir das 11h, nos jardins, e das 16h às 20h, na Galeria 4 do CCBB Brasília

Ingressos: Devem ser retirados no site bb.com.br/cultura e no site ou app da Eventim, no dia da sessão, a partir das 9h.

Entrada: Gratuita