Entre 22 de janeiro a 11 de fevereiro, contadores de histórias maiores de 18 anos, residentes no DF e Entorno, podem inscrever seus contos autorais
Em um cenário onde a magia dos contos se une à imaginação, estreia o 3º Festival Horizonte de Histórias. Com recursos do FAC – Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, o projeto, que promove a materialização do desejo dos encontros para resgatar, reverenciar, festejar, se encantar e potencializar a arte da palavra, ocorrerá de 04 a 22 de março. Com inscrições abertas de 22 de janeiro a 11 de fevereiro, contadores de histórias maiores de 18 anos, residentes no DF e Entorno, podem participar individualmente ou em grupo, com apenas uma inscrição por participante. As inscrições podem ser feitas pelo site: site: https://horizontedehistorias.com/index.php/regulamento/.
Recepcionado pelos auditórios da Coordenação Regional de Ensino do Núcleo Bandeirante e do CEMI (Centro de Ensino Médio Integrado) do Cruzeiro, o projeto, idealizado pelo Instituto Cidade Céu em parceria com o Grupo Paepalanthus e com o apoio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal, promete atrair uma diversidade de participantes, desde professores e estudantes até entusiastas da narrativa, reunindo todos em rodas de conversa, oficinas, residência artística e apresentações conduzidas pelos contadores de histórias selecionados.
Em seu terceiro ano, o Festival Horizonte de Histórias coloca a arte oral como eixo artístico e lúdico em uma intensa atividade com o público. Entre os objetivos do projeto, destacam-se a seleção de 24 apresentações por curadoria, incluindo 2 em escolas públicas, com transporte gratuito para os alunos. Além disso, quatro rodas de conversas serão realizadas, abordando temas como: Narrativas Orais, Literatura Negro-Brasileira Infantil e Juvenil, Gesto, Palavra e Memória, e Políticas públicas para o Contador de Histórias.
O evento também oferecerá três oficinas presenciais e uma online, abordando desde suportes plásticos para narrativas orais até a descolonização do olhar na literatura antirracista. Uma residência artística online, com o renomado grupo Tapetes Contadores de Histórias do Rio de Janeiro, proporcionará uma imersão de 15 horas para até 30 profissionais. Todas as atividades são gratuitas, garantindo a inclusão e democratização do acesso à cultura. A acessibilidade será assegurada com intérpretes de libras em todas as rodas online, além da disponibilização de audiodescrição.
A programação conta com residência artística conduzida por Gislayne Avelar Matos, oficinas ministradas por Kiusam de Oliveira, Telma Braga e Rose Costa, além de rodas de conversa envolvendo Adelaide Paula, Adélia Mathias, Raquel Moreira, Felipe Morais, Jorge Marinho, Aldanei Menegaz, Alessandra Roscoe, Flávia Ribas, Sissy Faveri, Ângela Barcelos e Queila Branco. O festival também contemplará sessões de contos em escolas públicas da Vila Planalto e da Candangolândia.
Espaço para novos contadores
Para os participantes selecionados nas inscrições, as sessões podem ser autorais, de terceiros ou de domínio público e não devem conter conteúdo discriminatório, violento, constrangedor, político ou religioso. As apresentações devem ter duração de 10 a 20 minutos, e os candidatos devem enviar um link de vídeo disponível em perfil público nas redes sociais ou plataformas de exibição.
A Comissão de Seleção avaliará as inscrições com base em critérios como qualidade do repertório, desempenho, oralidade, diversidade, atualidade e criatividade. Serão escolhidas 24 sessões, com duas apresentações em escolas públicas e as demais no Centro de Ensino Médio Integrado (CEMI) do Cruzeiro. Cada contador de história aprovado receberá cachê de R$1.000,00, mediante apresentação de nota fiscal. Os resultados serão divulgados até 27 de fevereiro de 2024, por e-mail e redes sociais do Instituto Cidade Céu.
Tudo vira uma história
À frente do festival, o presidente do Instituto Cidade Céu, Jones de Abreu, revela que a ideia nasceu do festival durante a pandemia, em 2020, que, em parceria com o grupo Paepalanthus, tinha como objetivo dar visibilidade à arte de contar histórias, oportunidades para novos(as) artistas e promover diálogos com os mais veteranos. “A maior motivação é a de manter viva esta arte milenar que, de geração em geração, conta sobre suas vivências e expectativas através de contos reais ou fictícios”, revela Jones.
“Todo ser humano é um contador de histórias e da mesma forma são bons ouvintes. Desde os tempos das cavernas, os homens precisavam registrar suas atividades ou conhecimentos através dos desenhos e conversas em rodas em volta das fogueiras. Este conhecimento era passado para as gerações futuras”, rememora Jones. Para o idealizador do festival, é importante manter algumas das tradições e descobrir outras maneiras lúdicas de desenvolver o imaginário de quem ouve através das reflexões que as histórias nos promovem.
“Todos os projetos do Instituto Cidade Céu são voltados para a inclusão e democratização do acesso à cultura, às artes e à educação. Acreditamos na transformação da sociedade através de ações que nos unem e nos aproximam de um mundo sem violências e mais solidário. A contação de histórias é o elo que nos permite experimentar os sonhos”, arremata.
Serviço: 3ª Edição do Festival Horizonte de Histórias
Inscrições para novos contadores – 22 de janeiro a 11 de fevereiro pelo site: https://horizontedehistorias.com/index.php/regulamento/
04 a 22 de março – Auditórios da Coordenação Regional de Ensino do Núcleo Bandeirante e do CEMI (Centro de Ensino Médio Integrado) do Cruzeiro
Programação:
De 4 a 8/3: Residência Artística, com Gyslaine Avelar Matos – On-line
De 11 a 15/3: Rodas de conversa e oficinas na CRE do Núcleo Bandeirante.
11/3 – 9h: RODA DE CONVERSA – NARRATIVAS ORAIS E AS MANIFESTAÇÕES TÊXTEIS
11/3 – 15h: RODA DE CONVERSA – LITERATURA NEGRO BRASILEIRA INFANTIL E JUVENIL
15/3 – 9h: RODA DE CONVERSA- GESTO, PALAVRA E MEMÓRIA: PERFORMANCES NARRATIVAS
15/3 – 15h: RODA DE CONVERSA- POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O CONTADOR DE HISTÓRIAS
19 a 22/03 – Evento para contadores de histórias selecionados