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Quando se alimentar é mais que comer: conheça a relação saudável e sustentável de Bárbara Lins com a comida

A produtora de conteúdo conta como é sua relação com a comida

“Cozinhar a própria comida é um ato revolucionário”. É com esse pensamento que a jornalista e produtora de conteúdo Bárbara Lins segue a vida. Hoje colunista de turismo e natureza da CBN, Bárbara divide Brasília e São Paulo como morada, mas não deixa que a rotina corrida atrapalhe seu objetivo de comer comida de verdade. “Eu tento prezar por pratos rápidos, para comer bem sem fazer nada muito requintado”, conta.

Repórter da Rede Globo por 8 anos, Bárbara se desligou da empresa em março do ano passado para se dedicar a produção de conteúdo digital, tanto para suas próprias redes, que possuem mais de 30 mil seguidores, como para redes de empresas parceiras. Por lá, Bárbara conta sobre suas viagens, e também sobre sua alimentação, que prioriza por alimentos de verdade, e que não sejam ultraprocessados.

Bárbara já fez 20 pães de uma vez para distribuir para família e amigos

E é no seu Instagram que Bárbara também conta suas aventuras na cozinha. E isso não é um jeito chulo de descrever o que a jornalista faz, já que todo processo de cozinhar pode abrir novos caminhos e ser uma descoberta para ela.  “Eu não tenho aquelas coisas de chef, sabe? Com todos os equipamentos sofisticados. Minha cozinha é sem frescura, eu uso uma panela de ferro, eu corto os pães com faca de 2 reais. Existe uma tendência de gourmetizar todo o processo de cozinhar, não é só com os ingredientes. Aqui é cozinha de guerrilha. É fazer com o que dá, e sai coisas muito legais”, revela Bárbara.

Bárbara também faz parte do movimento chamado Slow Food, que tem como filosofia que o alimento consumido seja bom para todo mundo: nutritivo, barato e que respeite o meio ambiente. “As pessoas acham que a comida é só para deixar o corpo em pé, mas envolve a nossa terra também. E, como eu viajo muito, em todo lugar que eu vou eu procuro por alimentos locais e naturais. Mas também os que são tradicionais, seja da estação do ano ou da vegetação. Além de comer onde a própria população se alimenta, se tiver um restaurante que esteja lotada de turista, eu nem entro”, afirma Bárbara Lins.

Cozinhar também é uma terapia

E com o isolamento social e lockdown, por causa da pandemia da Covid-19, novos hobbies foram descobertos pela população durante o período, e fazer um pão virou uma febre entre os jovens adultos. E Bárbara não ficou de fora. Ainda mais que ela vem de uma família de antigos donos de padaria, e cresceu num ambiente cercada de comida boa. “O pão é um dos alimentos que nos uniu, está na nossa principal reza, tem toda uma simbologia por trás”, conta.

Então, para ela, fazer pães para família e amigos é estar em contato com a ancestralidade, mas também sobre saber lidar com o que não se pode controlar. Isso porque fazer pão requer muita paciência.  “Sou apaixonada por fazer pão, é um processo terapêutico. Para que o pão saia bem feito tem que estar atento a tudo, até a qualidade da água interfere na massa. Não é no tempo que você quer, é o tempo que existe. E tem que respeitar o tempo da massa”, explica Bárbara.