Especialista dá dicas sustentáveis que possibilitam a baixar os custos
Tema controverso em reuniões de condomínio, a sustentabilidade contribui, de fato, para a redução de gastos. Apesar de sua importância também no que diz respeito à preservação do meio ambiente, melhora na qualidade de vida de moradores e valorização do patrimônio, sempre vão aparecer aqueles moradores que reclamam do trabalho que isso pode dar.
Figura principal na gestão desses conflitos, o síndico é o responsável por tentar encontrar uma solução para apaziguar os ânimos, que pode ser complicado, mas extremamente necessário.
De acordo com o advogado especializado em condomínios, Wilker Jales, a sustentabilidade nesses espaços se alcança por meio de ações planejadas em áreas ambientais, sociais e econômicas. Para ele, preserva a natureza, melhora a qualidade de vida dos condôminos e reduz os gastos financeiros.
“Ações sustentáveis são bem simples e nem sempre precisam de muitos recursos, apenas boa vontade e um pouco de conhecimento”, enfatiza “Mas, para isso, o ideal é o síndico debater com os moradores quais ações quer implementar e, assim, seguirem o melhor caminho com resultado garantido”, completa.
Jales destaca três atitudes sustentáveis essenciais a serem seguidas:
– Coleta seletiva e reciclagem: separar, analisar e reutilizar o lixo. Os materiais recicláveis podem ser vendidos, gerando renda extra para o condomínio. O síndico deve estabelecer um espaço apropriado para que os moradores deixem o lixo, dividindo em categorias como metal, vidro, papel e orgânico. Em Brasília, existe uma campanha chamada “Campanha Cartão Verde”, organizada pelo Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal – SLU, que incentiva moradores a fazerem as correções quando estiverem separando os lixos errado.
– Consumo consciente da água: o ideal é implantar sistemas individuais, fazendo cada morador pagar pelo que consumiu. Um relógio para cada apartamento. Uma boa ideia também, é desenvolver campanhas que incentivem ao consumo consciente tanto para água quanto para energia. Pode parecer algo simples, mas cartazes espalhados pelos prédios são medidas importantes.
– Instalação de lâmpadas de LED: mais caras, porém, mais econômicas a longo prazo. Por ser um tipo de lâmpada com menor consumo energético, a troca reduz cerca de 60% dos gastos com energia. O LED também proporciona maior durabilidade comparada com as fluorescentes comuns, durando anos a mais.
Com um bom planejamento estratégico em conjunto com os condôminos, o síndico consegue pensar outras ações sustentáveis voltadas à economia. “Outro ponto a ser considerado é que essas mudanças não devem ser vistas como despesas, mas sim como investimento com retorno garantido”, finaliza o especialista.