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Wall Street e Agronegócio Global unem forças na transformação digital da cafeicultura brasileira

Cooperação público-privada de descarbonização atrai bilhões em investimentos e permanece aberta para novos parceiros

O Brasil fortalece sua posição de líder global ao integrar sustentabilidade e tecnologia na agricultura com o lançamento do projeto Cafeicultura Brasileira Sustentável. Esse programa visa transformar a produção de café por meio da descarbonização e digitalização. O projeto é liderado por José Rozinei da Silva, CEO da Incapture Latam, um fundo de investimento especializado em agronegócio e soluções baseadas na natureza, com sede em Abu Dhabi e filial em Nova York. O fundo tem como Chairman Peter Knez, ex-CIO global da BlackRock. Sob sua liderança, a Incapture Latam conecta soluções financeiras globais a oportunidades de descarbonização no agronegócio, formando parcerias estratégicas que impulsionam inovações tecnológicas e práticas sustentáveis.

Parcerias estratégicas globais
O projeto Cafeicultura Brasileira Sustentável tem atraído a atenção de grandes players do agronegócio e do mercado financeiro global, além de contar com o suporte do Acordo de Cooperação Técnica 37/2024 do Ministério da Agricultura e Pecuária e do Conselho Nacional do Café (CNC). Entre os parceiros estão a Mitsui Japão, responsável pela regeneração de solo; o Rabobank/Arcon Holanda, encarregado da certificação de carbono, e a RRG NBS EUA, que cuida do desenho financeiro e da estratégia operacional.

O projeto Cafeicultura Brasileira Sustentável visa também conectar a metodologia e a capacidade técnica da Mitsui Japão Energia para produzir SAF (Sustainable Aviation Fuel) a partir de resíduos de café, ligando o agronegócio brasileiro, começando pela cafeicultura, ao setor de descarbonização da aviação global.

Cooperação público-privada impulsiona inovação
O ex-diretor do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) Jonatas Pulquério ressaltou a importância dessa cooperação. “Contribuir para a criação dessa plataforma que une governos, grandes empresas e investidores globais em prol da sustentabilidade do setor cafeeiro foi um marco”, disse.

Esse esforço coloca o Brasil no centro de uma revolução sustentável no agronegócio, com potencial de transformar um setor bilionário, agora voltado para liderar o movimento global de descarbonização.

Impacto direto para produtores e cooperados
Jacques Miari, presidente da Cocatrel, a primeira cooperativa a aderir ao projeto, vê o projeto como uma oportunidade única para os cooperados. “Participar do Cafeicultura Brasileira Sustentável permitirá que nossos cooperados adotem práticas agrícolas sustentáveis, reduzindo emissões e gerando benefícios diretos”, definiu.

“O projeto pode revolucionar a cafeicultura brasileira, integrando práticas sustentáveis e inovações tecnológicas com potencial para expansão”, complementou Thamiris Miranda, do departamento de sustentabilidade da Cocatrel.

Para Silas Brasileiro, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), o programa traz ganhos também sociais. “Esse acordo é um passo essencial para a sustentabilidade da nossa cafeicultura, com impacto significativo tanto comercial quanto social”, ressaltou.

Modelo econômico inovador com retornos atraentes para investidores
Além dos ganhos ambientais, o projeto oferece uma vantagem competitiva para os produtores, que poderão acessar mercados premium e comercializar créditos de carbono, gerando novas fontes de receita. Estima-se um investimento de até US$ 3 mil por hectare, com um potencial total de US$ 6 bilhões, considerando os 2 milhões de hectares de café no Brasil.

Peter Knez destaca o interesse global por soluções baseadas na natureza. “Este projeto é um exemplo de como podemos participar de soluções transformadoras, e investidores globais estão atentos”, disse.

O programa segue aberto para novos participantes, conforme explica José Rozinei da Silva. “Este projeto está aberto para novos parceiros e investidores. Convidamos todos a se unirem a esta transformação liderada pelo Brasil no movimento global de descarbonização e digitalização do agronegócio”, finalizou.

Sobre os parceiros

  • MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária): Coordena a articulação entre governos, empresas e investidores no projeto.
  • CNC (Conselho Nacional do Café): Promove a competitividade e sustentabilidade da cafeicultura.
  • Pronatura Global Foundation: Organização internacional com projetos de impacto sustentável.
  • Mitsui Japão: Multinacional especialista em energia limpa e regeneração de solo.
  • RRG NBS EUA: Plataforma americana focada em soluções baseadas na natureza.
  • Rabobank Holanda: Líder na monetização de créditos de carbono.
  • Incapture Latam: Fundo de investimento especializado em soluções baseadas na natureza.